Foto e biografia:
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JORGE CLAROS LAFUENTE
( Bolívia )
(Punata, Cochabamba, Bolívia, 1925 - Cochabamba, 1987).
Poeta e jornalista. Militante do PCB, fazia parte do grupo 'Gesta Bárbara'. Como jornalista, esteve ligado a 'Los Tiempos', 'Presencia' e 'Hoy'. Membro da União dos Poetas e da Sociedade de Escritores de Cochabamba.
Luis H. Antezana comenta a poesia do autor: "Para Claros Lafuente, o sofrimento humano faz parte de uma busca: a busca da humanidade no humano. /.../ Ao cantar o sofrimento de seu povo, o poeta Ele encabeça, de certa forma, rumo à sua redenção final, rumo ao encontro com sua humanidade plena. Seriam, então, o escopo e as funções do fazer literário, como Claros Lafuente os entende em torno da escrita de De profundis".
No poema 'Lágrimas de estaño' ele expressa: " Sua lágrima de lata / em um mapa de dores que nos guia em sua vida, / ao deserto sem margem de sua profunda angústia.../ Sua lágrima de lata tem gosto de sangue / e sabor de salitre e planta marinha".
LIVROS Poesia : Tin Tears (1964); Profundo (1970).
TEXTO EN ESPAÑOL – TEXTO EM PORTUGUÊS
BEDREGAL, Yolanda. Antología de la poesia boliviana. La Paz: Editorial Los Amigos del Libro, 1977. 627 p. 13,5x19 cm.
Ex. bibl. Antonio Miranda
LÁGRIMA DE ESTAÑO
Tu lágrima de estaño
es un mapa de penas que nos guía en tu vida,
al yermo sin orillas de tu profunda angustia…
Tu lágrima de estaño tiene sabor de sangre
y sabor de salitre y de planta marina.
Cuando bajo tu choza
el sudario de sombras te cobija y te hiela,
las dos lunas que brillan en tus turbias pupilas,
alumbran a tu hijo arropado en tu seno,
a tu hijo de rostro de papel desteñido
por el pincel del tiempo…
Tus pechos están secos y estriados como hojas
sin savia ni verdor, y a tu hijo alimentas
tan sólo con el pan inmaterial que lleva
la sal de tu sonrisa.
TEXTO EM PORTUGUÊS
Tradução de ANTONIO MIRANDA
LÁGRIMA DE ESTANHO
Tua lágrima de estanho
é um mapa de penas que nos guia em tua vida,
ao páramo sem margens de tua profunda angustia…
Tua lágrima de estanho tem sabor de sangue
e sabor de salitre e de planta marinha.
Quando debaixo de tua choça
o sudário de sombras te cobre e te congela,
as duas luas que brilham em tuas nubladas pupilas,
iluminam o teu filho arroupado em teu seio,
o teu filho de rosto de papel desbotado
pelo pincel do tempo…
Teus seios estão secos e estriados como folhas
sem seiva nem verdor, e o teu hijo alimentas
apenas com o pão imaterial que leva
o sal de teu sorriso.
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Página publicada em julho de 2022
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